Vamos entender o que a Ministra Simone Tebet disse, ao afirmar que está sendo difícil contratar mulheres pretas, para alguns cargos no ministério do planejamento. Pois bem, quem é preto e tem uma qualificação acima da média sabe o que ela quis dizer e como é difícil assumir um cargo à altura das nossas qualificações Profissionais e acadêmicas. As mulheres e homens pretos, que conseguiram adquirir essas qualificações, ganham um salário razoável, e todos têm seus compromissos, portanto, não vão largar seus empregos ou cargos públicos onde ganham bons salários para receber salários menores no ministério do planejamento, e será que os cargos oferecidos para essas mulheres, ou homens pretos tem os mesmos salários, quando esses cargos eram ocupados por homens e mulheres brancas. E será que são cargos de chefia, coordenação ou diretoria, cargos que possuem os salários mais altos. O que foi visto até agora na História e o que passa na cabeça das pessoas em geral, é a máxima de que os pretos não tem capacidade de liderança, preto só serve para receber ordem. Temos como característica do senso comum e do inconsciente coletivo, uma falsa presunção, que os brancos são melhores gestores que os pretos. Além da noção errônea passada pelos capitalistas, onde é considerado certeza, que para as coisas funcionarem no mundo é preciso que uns tenham dinheiro, enquanto outros trabalhem feito escravos para essas pessoas. E na cabeça da maioria das pessoas é normal que quase na totalidade, as pessoas que ocupam cargos de chefia são brancos e velhos. É claro que existem soluções administrativas para essas questões de igualdade e equidade nos altos escalões da gestão pública do Brasil, mas não são fáceis e nem simples. Algumas pessoas que não entendem toda a complexidade de ser preto bem qualificado no Brasil acabam achando que é só abrir uma vaga que o preto vai aceitar, não é assim, essa vaga precisa fazer jus ao conhecimento, aos padrões de vida e formação acadêmica desse profissional. Acho que a cooperação da Ministra Aniele Franco, sua pasta, além da pasta da fazenda, podem possibilitar a criação de vários mecanismos reparatórios, que possibilitarão atualização de planos de cargos e salários, facilitação da compra de imóveis, a criação de aditivos, abonos para mães solteiras, ajuda de custo e moradia para os profissionais pretos, que se deslocarem até Brasília, para assumir cargos no governo, entre outras medidas que teriam relação com a equidade no funcionalismo. Essas medidas não serão benefícios, muito menos favorecimento a uma ou outra classe de pessoas, essas medidas serão o resgate histórico mencionado muito sabiamente, pelo nosso presidente Lula durante o seu discurso de posse no Congresso Nacional.
RESISTÊNCIA POÉTICA
Um blog do poeta e escritor Valdemir Costa
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O amor, a Poesia e as Palavras
O amor não é algo tangível nem tao pouco mensurável pelas leis da física ou matemática moderna. O amor e a paixão são canibais e se alimentam da vontade com a fome dos chacais. O amor não é água pura que saí da moringa de barro na temperatura ambiente e enche uma canequinha de ferro esmaltado na cor branca. O amor é enchente, enxurrada de água fervente, misturada com ácido suicida, e se bebida inadvertidamente desce escaldante pela garganta matando o recipiente e a palavra, como já dizia minha vó, só existe uma verdade nessa vida, amar é comer caviar e beber fornicida. O amor sobrevive no deserto paixões aonde é tão necessário a vida, quanto a água limpa. E para falar de amor é preciso mais que vontade é preciso coragem para encarar a palavra ceifadora de frente, sem temer pela sua própria vida vivente e não podia ser diferente. Falar de amor não é algo fácil nem comum, e raramente saímos ilesos dessa aventura. A palavra que fala de amor precisa ser mais que falada, precisa ser nada e ao mesmo tempo dizer tudo, precisa ser bosta, mas na forma de adulbo. ser pedra em solo fértil e aquela pequena probabilidade de erro dentre todos os acertos. Para falar de amor antes precisamos preparar a palavra. Então trisco a língua na saliva e preparo palavra, palavra boa é assim... Assassina, entra pelo ouvido como enxadadas dadas no solo congelado(termafroste). Então! Trisco a língua na saliva e preparo a palavra, palavra boa é assim.. a palavra sai afiada como faca de cortar pão mal intencionada. Trisco a língua na saliva e preparo a palavra, palavra boa é assim... Balística sai da boca como de uma arma carregada, sem controle, não respeita a peculiaridade contidas na fala. Trisco a língua na saliva e preparo a palavra, palavra boa é assim... Maldita como as frases de despedida ditas nas tardes de quinta. Num mês de outono qualquer. A palavra mesmo que benzida é amaldiçoada, nessa hora, a visão fica turva, o coração bater fraco, as lágrimas pesadas rolam, pois parecem pesar toneladas. A voz fica embargada, quase não se livra dos grilhões da garganta, não querem acabar no papel, lar derradeiro e mortalha, a solidão sempre disposta a ajudar, oferece um abraço amigo, nesse momento só sobrou o poema abandonado pela mãe poesia. e para mim, só resta a vontade e a minha poesia adolescente não está nem aí, a minha poesia não respeita o verbo ou o verso. Ela não precisa, na verdade a minha poesia não precisa de nada, a minha poesia não precisa nem de mim para existir. A minha poesia não precisa de livros, textos, concordância, gramática, matemática, física, química, de comida, amor, língua, água, fama, ar, oxigênio, aplausos... Respirar! A minha poesia não precisa... Já eu, eu preciso.