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Em junho 30 dias e 30 poemas aqui!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

POEMA DA VIDA



A hora da Rendição
Não importa a vida que ele tenha, todo homem sabe que sem mulher ele não é nada, mas não é qualquer mulher. Precisa ser aquela, que faz a diferença. Aquela que faz nossas pernas tremerem, nosso peito doer, aquela que não precisa nem lembrar, por que dela não se pode esquecer. Mas a vida não é um filme nem novela mexicana que tudo termina bem. A vida não acaba na parte boa para todos ficarem achando que o resto dela vai ser sempre assim. A vida continua  e na segunda tem trabalho, tem o colégio das crianças, a aula na faculdade, as variações da vida e a vida propriamente dita. Não se pode ser feliz para sempre, sempre é muito tempo e todos nós sabemos, sempre nem é todo dia. A felicidade é a procura, a vontade que figura nas nossas mentes sem coragem de aparecer. Todo homem procura a felicidade na mulher amada, mas que nada, todo amor é de certa forma egoísta, e, portanto,  não quer ser dividido com ninguém, mas a mágica do amar é essa, amasse tanto alguém que dividimos com essa pessoa algo indivisível, incontável e intangível. E a mulher bem afortunada recebe de bom grado esse regalo que lhe é ofertado por um homem nobre, no mais singular sentido da palavra, pois ele doará sua maior riqueza para tê-la a seu lado. Se tudo correr bem chegará o momento da verdade à hora da rendição e o homem baixará sua guarda, guardará suas armas e cederá para aquela prometida o lugar ao seu lado no trono da vida. E a vida essa que deve ser vida sem moderação, a vida é para ser sorvida como tequila com sal e limão. E viver sozinho não é bom, tudo é mais difícil sem ajuda, até os problemas são menores quando divididos por dois. Mas a vida precisa ser dividida com cautela para não separa-la dos seus valores ou distancia-la da motivação. Nenhum futuro é bom o suficiente se esquecemos do passado. Tudo tem uma razão e só vale a pena aquilo que é verdadeiro na essência dos seus motivos. A felicidade dividida nessa hora se multiplica e a vida, aquela que deve ser vivida, se enche, se ergue e aparece de forma tão nítida que além de ser sentida pode até ser tocada ou misturada à comida. Na vida real a felicidade não é para sempre, como já disse antes, sempre nem é todo dia. Mas ser for de certa forma plantada, bem cuidada e regada, teremos então uma plantação de felicidade em nossos campos da vida e a felicidade poderá ser colhida para alimentar as agruras e desventuras da vida que estão sempre famintas,espreitando a trás da porta e nunca aceitam um não.



 

São João de Meriti, RJ, 11 de fevereiro de 2013.  

Valdemir Costa.