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Em junho 30 dias e 30 poemas aqui!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A LIGA DOS JUSTOS: POEMAS E HISTÓRIAS

A LIGA DOS JUSTOS: POEMAS E HISTÓRIAS: O SENTIDO E SEMENTE  POEMA DE VALDEMIR COSTA

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O voo da Estrela Cadente





Aqueles instantes que antecedem o medo.

Eu não tenho pressa
Espero a chuva de fogo
Que vai varrer a solidão
Desligar todos os aparelhos
Libertando-me do encargo diário
O trabalho inglório de viver
Sem se preocupar com o destino

Na vida a coisa mais certa é morrer

Numa estrada me mão única
O caminho mais fácil é seguir em frente
E o mais longo é retonar

No voo de uma estrela cadente
A parte mais importante em seu trajeto
É instante que antecede seu fim
O brilho incandescente do pedido
É sinal do fim de uma jornada
Que no final vai dar em nada


A vida não cabe no dia
O amor não cabe no poema
A verdade não cabe nas palavras
A virtude não cabe na decisão
Salve! Os moribundos mendigos santos
Que rodam pelo mundo sem donos
Sem esperanças ou responsabilidades mundanas
Salve! Os loucos palhaços bobos nas praças
Que vivem a fazer pirraça com a sorte
Salve! Os sorrisos no rosto de uma  criança
Elas não precisam fazer sentido

Bem-ditas sejam as falácias contadas nas tardes de Quinta
Elas viverão até o próximo feriado.


Valdemir Costa


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

DEIXE ARDER ATÉ ACABAR


VERDADE COLETIVA


Quando o mal vencer não adianta chorar sobre o leite derramado
O bem perdeu, caiu sob o julgo dos abutres da mentira informal.
Não adianta lutar contra a maioria burra do sistema de controle
Lave as mãos, as pessoas na praça  gritarão o nome do ladrão, não o seu.
Saia de perto e deixe arder, deixe queimar!
                                                                                  
Ela disse que iria fica, mas foi embora sem dizer o porquê.
Mudou sua vida e a dela, mas não respeitou a certeza da verdade.
Foi embora morar com a falácia anunciada amante do comodismo
Sua vida intumescida reflete a decepção mundana dos inocentes
Calado chora nos cantos das horas cadentes da noite
Nesse instante o retorno demora e se sai, sai soluçante.
Como os delírios de outrora de uma era de sonhos ruminantes
Nessa hora deixe queimar, deixe arder, até acabar.

Todo povo tem o governo que elege, ou melhor, que merece.
Na humanidade democrática da ignóbia solução
Surge o vertico da ambição mundana do coletivo
Criado o monstro, ora cativo, ora na amplidão.
Resurge transvestido de resposta e solução
Mas como qualquer vicio é gostoso e destrutivo
E não cabe na mente do bandido procura a vitoria
Mas é na mente do ignorante que encontra abrigo.
Deixa que o tempo assassino cruel de todas as futilidades
De cabo de ressaltar a carapaça, a mascara da ingratidão
Há! Deixe queimar, deixe arder, até acabar.
                                       
Não tema as nuvens, tema o raio certeiro.
Caminhe em linha reta na direção da seta final
Sinta a sensação do seu animal interior
Fazer a justiça com as próprias mãos é natural
Acalante a vingança adormecida no tempo
Espere o momento exato do bote, o instante do ataque.
O momento de deixar arder, deixar queimar.
                                

Na falta de alternativas para corrigir o erro padrão
A solução é meia garrafa de gasolina aditivada
Uma caixa barata de fósforos amassada.
Um minuto de reflexão e outro para tomar a decisão
Movimentos involuntários terminam no riscar ritmado
Depois é só se afastar para não sentir, para não ver.
No primeiro instante seu peito vai doer, mas não há solução.
É um ato de misericórdia, o derradeiro sacrifício para a sua salvação.
O fogo purificará seu corrompido coração a se contorcer
Só olhe e deixe queimar, deixe arder!   
                                                                                           
                         
                                                                                                                             
                                                              Valdemir Costa