A verdade a
queima roupa
Sinto meu
coração doer
Uma dor
rara, como deve ser
Dores que
afetam o nosso viver
Apertado o
peito sem saber
Mostra o
que teimosamente
Os olhos e
boca tentam esconder
Sinto a
cada dia esvair minhas forças
Conto o
tempo que conseguirei resistir
Sou pedra
pome no vulcão
Aço no cabo
esticado com a tensão
Pareço forte,
mas não...
Sou homem e
como qualquer outro
Quero ser simplesmente
amado
Acarinhado pelas
mãos da ventania
Envolvido pelos
braços da tempestade
Sou erva
daninha, mas ainda sou planta
Sou fogo
devastador, mas ainda sou energia
Sou inverno
frio, como a noite mais escura
Sou sabor
de fel na boca e na pele arnica
Sou vontade,
que cansou de esperar
Agora quero
ser saudade.
Valdemir Costa